O pão do diabo
O servo que cava certa fonte na divisa,
“en passant” o devir venturoso aborda;
Cabo de guerra co’o tempo, não precisa,
Mas, jogam com medo, cosmética corda,
E certos arruaceiros fazem tufão de brisa,
Incitando amebas, pautando sua horda...
A esperança que fortalece nossos braços,
Acena um bem futuro, é um bem, agora;
Medo do inevitável que desvia uns passos,
faz sofrível, presente, a uma distante hora,
viúvas do marketing choram pelo devasso,
pela decência, verdade, a turba não chora...
A esperança, o medo, tristeza, se mesclam,
Olho de fora ruminando, meu parco capim;
Almas que em redes enganosas se pescam,
Aprenderam escutando ao engano, enfim,
“lembretes” que suas memórias refrescam,
Ardis pretéritos, que não refrigeram a mim...
Discutir pessoas invés de abordar os valores,
É amassar o pão do diabo, espúrio fermento;
A natureza envia sua plêiade de professores,
Mas, matamos aula, sonegamos esse evento,
O tempo despe belas árvores das suas flores,
Mas, são suas raízes, que triunfam ao tempo...