AUTO-REFLEXO
Às vezes,
Tenho saudades
De pessoas de que não deveria sentir;
De fases boas que vivi;
De épocas que não voltam mais...
Às vezes,
Tenho vontade de voltar no tempo,
Tornar aos meus tempos de criança...
Época em que me sentia livre, forte;
Uma pequena ditadora,
Mãe de minhas bonecas,
A dona das brincadeiras...
Lembro-me dos sonhos...
Da vontade louca de crescer,
Ser independente;
Achava que me tornaria onipotente!
Recordo-me
Dos segredos enamorados
Com a lua,
Que bem me dizia:
Menina,
Aproveita teu tempo de criança...
Pra que tanta vontade de ser adulta?
Hoje, olhando-me no espelho,
Às vezes não me reconheço...
Às vezes pareço grande, destemida,
Tão segura, dona de mim...
Mas, em contrapartida,
Ainda guardo uma fragilidade
Que denuncia medos infantis...
Medos de escuro,
De temporais,
De vento forte;
Medos de grandes decepções...
Voltando para o espelho,
Reflito-me:
Não sei, na verdade,
Se ainda sou uma criança
Boba, brincalhona, medrosa,
Num corpo maduro de mulher;
Ou se realmente cresci,
Tornei-me adulta...
Mas, tão perdida, imatura,
E às vezes tão infantil,
Que o tempo passou
E nem me dei conta,
Que me tornei velha demais,
Pra me sentir de novo como criança...
Às vezes,
Tenho saudades
De pessoas de que não deveria sentir;
De fases boas que vivi;
De épocas que não voltam mais...
Às vezes,
Tenho vontade de voltar no tempo,
Tornar aos meus tempos de criança...
Época em que me sentia livre, forte;
Uma pequena ditadora,
Mãe de minhas bonecas,
A dona das brincadeiras...
Lembro-me dos sonhos...
Da vontade louca de crescer,
Ser independente;
Achava que me tornaria onipotente!
Recordo-me
Dos segredos enamorados
Com a lua,
Que bem me dizia:
Menina,
Aproveita teu tempo de criança...
Pra que tanta vontade de ser adulta?
Hoje, olhando-me no espelho,
Às vezes não me reconheço...
Às vezes pareço grande, destemida,
Tão segura, dona de mim...
Mas, em contrapartida,
Ainda guardo uma fragilidade
Que denuncia medos infantis...
Medos de escuro,
De temporais,
De vento forte;
Medos de grandes decepções...
Voltando para o espelho,
Reflito-me:
Não sei, na verdade,
Se ainda sou uma criança
Boba, brincalhona, medrosa,
Num corpo maduro de mulher;
Ou se realmente cresci,
Tornei-me adulta...
Mas, tão perdida, imatura,
E às vezes tão infantil,
Que o tempo passou
E nem me dei conta,
Que me tornei velha demais,
Pra me sentir de novo como criança...