No vale da decisão
A vida claudica no vale da decisão,
Nessa trama, de ora sair, ora ficar;
Qual planta que radicada ao chão,
Resiste às intempéries até furacão,
Pois, apenas seu chão é o seu lugar...
Mas, as asas que saíram do casulo,
Olhando pra vastidão veem um fim;
Devaneio com o voo e, seco engulo,
Pois, imensa implicação, desse pulo,
Se ocupa de fazer ameaças pra mim...
Coragem diz que não estou sozinho,
E sendo dois juntos melhor aquecem;
Ai, tontura quente, desse novo vinho,
Desafia a deixar o conforto do ninho,
E arrostar aos desafios que aparecem...
O paladar adquirido para amarga luta,
corcel impetuoso que galopa à guerra;
faz a inércia ser a mais pesada labuta,
pois, fraca omissão, essa filha da puta,
faz perder sem ter lutado, ao que erra...
Assim, finda essa dubiedade inebriante,
Ensinando-me que, de desistir, desista;
São muitas as capas pra sina arrogante,
Por exemplo a “humildade” do figurante,
Quando Deus escolheu pra protagonista...