Poeta corrompido

Meu caro, por que anda tão abatido?

Perdeu a maquiavelice

de viver insanamente?...

Eu sei, o tempo caminha breve

e o breve caminha à nós

de modo que um dia, leve,

o vento nos leve, a sós...

E todo mundo vai morrer. Todo mundo vai morrer.

Meu raro,

essa pressa é o que te impede de correr!...

O luxo é tão efêmero Cuidado, soldado

quanto ao sonho.

O coiote, às vezes, finge não querer nada.

Meu caro, ele vem de mansinho

se faz de irmão e te rouba de novo. A confiança

De novo é um tiro

e de novo... no escuro da

vida.

Por que anda tão viciado Meu raro, a relva

Morrendo no banco da selva sangra.

e moendo feridas?...

O balanço dos mortos balança

perdido no influxo.

Sociedade competitiva.

Egos infeccionados...

Todas as crianças perdidas... Eu sei, o tempo

Cem mil anjos esfaqueados... caminha...

A raiva, o rancor e o ódio

passa

quando passa

a tempestade.

Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 07/03/2016
Reeditado em 07/03/2016
Código do texto: T5565794
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