Chuva de Palavras

Não tenho mais tempo, nem recipiente

Para guardar a chuva de lágrimas

É melhor aguardar a chuva de risos

A chuva de versos, torrente de puras águas

Querendo regar a vida com mais qualidade

Edificando empreendimentos de saberes

Para mudar o visual dessa estrada

Sem perder tempo, mesmo que eu morra sem nada

Ombros cansados de carregar tanta mágoa

Já não aguento mais lamentações

Ou o Universo é grande demais e eu me perdi

Ou a placa da rua da liberdade eu não li

Eu andei pela esperança e entrei na casa da alegria

Às vezes, erro o caminho, volto e tento recordar

Qual o mapa pra chegar aonde eu quero?

Mas não adianta bater o prego sem o martelo

Engoli tantos sonhos que meu ventre está vazio

Eu sabia o que dizia a minha intuição

Fui adiante de persistente que sou

Não posso ser tão ofegante, falta muito! - afinal, onde estou?

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 06/03/2016
Código do texto: T5565757
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