Chuva de Palavras
Não tenho mais tempo, nem recipiente
Para guardar a chuva de lágrimas
É melhor aguardar a chuva de risos
A chuva de versos, torrente de puras águas
Querendo regar a vida com mais qualidade
Edificando empreendimentos de saberes
Para mudar o visual dessa estrada
Sem perder tempo, mesmo que eu morra sem nada
Ombros cansados de carregar tanta mágoa
Já não aguento mais lamentações
Ou o Universo é grande demais e eu me perdi
Ou a placa da rua da liberdade eu não li
Eu andei pela esperança e entrei na casa da alegria
Às vezes, erro o caminho, volto e tento recordar
Qual o mapa pra chegar aonde eu quero?
Mas não adianta bater o prego sem o martelo
Engoli tantos sonhos que meu ventre está vazio
Eu sabia o que dizia a minha intuição
Fui adiante de persistente que sou
Não posso ser tão ofegante, falta muito! - afinal, onde estou?