A Ilusão de ser Cidadão.

Moro em um país tropical.

Cheio de ilusões.

Realidades em forma de fantasias.

Preferia morar em um espaço livre.

Em um universo cosmofísico.

Longe das imaginações.

Aqui os santos são loucos.

E loucos são sóbrios.

Quanto a mim.

Nem sei o que sou.

Não deveria saber.

A infantilidade da vida.

A ingenuidade acadêmica.

Ser e não ser.

Isso não é um dever.

Moro.

Significa o que devo dizer.

A imbecilidade do mundo.

Um país que tem tudo.

E não tem nada.

Qual o rumo da história.

Sendo que não existe política.

Moro em um país.

Cuja etimologia não inicia com b.

Muito menos termina com l.

Moro em um país cheio de pedras.

Com um pequeno riacho.

Em um campo fechado.

Um país ideológico.

Aqui o direito é torto.

E o torto é normal.

E o normal esquizofrênico.

O bem é o mal.

E o mal a salvação.

Em que um chefe qualquer.

É quem tem poder.

Moro em um país anormal.

O futuro a tragédia.

A esperança o soluço.

Moro em país maluco.

Em que as intenções são outras.

Os que desejam o bem.

Objetivam criar o mal.

Moro em país tropical.

Cheio de deuses e céus.

Os pobres coitados festejam a desgraça.

Como caminho da salvação.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/03/2016
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