Joguetes

Eu me distraí um pouco

Com os joguetes da vida

Esqueci do louco

A quem eu dei guarida

Brinquei e esqueci do tempo

Não faço mais isso

É um tolo juramento

Mas a vida exige compromisso

No âmago do meu Ser

Estão as coisas elevadas

Tentei dar a você

Os poemas das madrugadas

Elevador que leve a dor

Fascinante é o leve despertar

Levante a tocha do amor

Eleve-se quando for amar

Não jogue o papel no chão

Não finja que ama a paixão

Se sofremos com a solidão

Não jogue com o meu coração

Se as peças completam o xadrez

E o melhor jogo eu não fiz

Quisera tentar mais uma vez

E ao seu sorriso pedir bis

Se brincar, a hora passa

E o sonho me faz esquecer

Que a jogada não tem graça

Quando estou sem você

A vida lança mil joguetes

Jogamos silêncios no mar

Emitindo vários falsetes

As ondas batem querendo cantar

Brincamos de sentir

Porém, melhor é decidir

Se apenas sabe fingir

Nada mais sabe além de mentir

De mentiras não é feito o amor

A vida tenta iludir

Só aguentamos a dor

Porque amanhã poderemos sorrir

O que fica depois do jogo?

Se começar tudo de novo?

Quem apaga a luz do fogo?

Jogue fora sua trama, é estorvo!

Há hora de brincar

Não brinque o tempo todo

Há tempo para sonhar

Mas, seja sábio e vença o jogo!

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 05/03/2016
Reeditado em 05/03/2016
Código do texto: T5564431
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