Joguetes
Eu me distraí um pouco
Com os joguetes da vida
Esqueci do louco
A quem eu dei guarida
Brinquei e esqueci do tempo
Não faço mais isso
É um tolo juramento
Mas a vida exige compromisso
No âmago do meu Ser
Estão as coisas elevadas
Tentei dar a você
Os poemas das madrugadas
Elevador que leve a dor
Fascinante é o leve despertar
Levante a tocha do amor
Eleve-se quando for amar
Não jogue o papel no chão
Não finja que ama a paixão
Se sofremos com a solidão
Não jogue com o meu coração
Se as peças completam o xadrez
E o melhor jogo eu não fiz
Quisera tentar mais uma vez
E ao seu sorriso pedir bis
Se brincar, a hora passa
E o sonho me faz esquecer
Que a jogada não tem graça
Quando estou sem você
A vida lança mil joguetes
Jogamos silêncios no mar
Emitindo vários falsetes
As ondas batem querendo cantar
Brincamos de sentir
Porém, melhor é decidir
Se apenas sabe fingir
Nada mais sabe além de mentir
De mentiras não é feito o amor
A vida tenta iludir
Só aguentamos a dor
Porque amanhã poderemos sorrir
O que fica depois do jogo?
Se começar tudo de novo?
Quem apaga a luz do fogo?
Jogue fora sua trama, é estorvo!
Há hora de brincar
Não brinque o tempo todo
Há tempo para sonhar
Mas, seja sábio e vença o jogo!