Prostituição

Que do ancestral ofício é fato

Não há do que se questionar

Humaniza-se valor e contrato

O corpo acorda em solucionar.

O homem torna-se a animália

Sob este vigor maldito do asco

O trato agora é com a fantasia

Inocência defronta o carrasco.

Urge a ferina foice de luxúria

Sedento a mesquinhez bestial

Vileza da alma ímpia e espúria

Semeando trauma na tez jovial.

Eis que terminado o ato imoral

Destempera toda uma esperança

Dum lado nasce aberração do mal

Noutro morre o sorriso de criança.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 04/03/2016
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