Prostituição
Que do ancestral ofício é fato
Não há do que se questionar
Humaniza-se valor e contrato
O corpo acorda em solucionar.
O homem torna-se a animália
Sob este vigor maldito do asco
O trato agora é com a fantasia
Inocência defronta o carrasco.
Urge a ferina foice de luxúria
Sedento a mesquinhez bestial
Vileza da alma ímpia e espúria
Semeando trauma na tez jovial.
Eis que terminado o ato imoral
Destempera toda uma esperança
Dum lado nasce aberração do mal
Noutro morre o sorriso de criança.