De um lado ao outro do céu...
contemplar o belo que se desfaz.
O que é encanto se deteriora,
enquanto o canto insano refaz.
Voe alto, de sobressalto.
Aterrisse na alma disponível.
Enxergue flores, amores
onde há apenas um desejo em deslize.
Textura fina que inclina.
Toque suave das mãos sábias.
É tecido novo que veste a nudez,
do corpo em choro que se resvala.
Flor de pano, puro engano...
cor disforme em quadro caro.
Sigo o rumo dos meus planos,
chegar são e sano do outro lado.

 
Poema e foto by F©
02.III.16