A Febre Cerebral
Eu não culpo meus demônios
Eles só surgem pelos fantasmas
Que vivem neste pandemônio
Sugam a alma através da asmas.
Conversa de chacal para chacal
Qual é a contundência de viver
Ser antiguíssimo quanto a cal
A cegueira que não quer mais ver.
Não sou seguro de como existo
Meu corpo é a morte que canta
Pois não enfermidade que resisto
Nem a música assim os espanta!
Minha realidade já é tão proterva
Que nem sou mais o escravo do eu
Meus instintos ficaram em conserva
Nos intestinos a identidade dissolveu.