A Febre Cerebral

Eu não culpo meus demônios

Eles só surgem pelos fantasmas

Que vivem neste pandemônio

Sugam a alma através da asmas.

Conversa de chacal para chacal

Qual é a contundência de viver

Ser antiguíssimo quanto a cal

A cegueira que não quer mais ver.

Não sou seguro de como existo

Meu corpo é a morte que canta

Pois não enfermidade que resisto

Nem a música assim os espanta!

Minha realidade já é tão proterva

Que nem sou mais o escravo do eu

Meus instintos ficaram em conserva

Nos intestinos a identidade dissolveu.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 29/02/2016
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