VELA DE ESCRITOR
Acendi uma vela
Luz, nas papeladas amarelas
Caneta e tintão
Eu pude ver
É com pena na mão
Que bebo você
Quando as lustres sucumbem
Com intento
Bebo o vinho denegrido
Do teu corpo
Suave veneno
Teu olhar frio, pueril
Só Deus sabe
O profundo azul deste oceano
Duro como esmeralda escura
Inviolável postura
Lustres de um feitor
Letras do cantor
Que conhece a solidão
Das páginas viradas
Paixões revolucionárias
Versos poéticos
Em êxtase de frases literárias