Só pra contrariar

Esse hábito de ter uma alma que sai,

Da sua bainha sem um grito de alerta;

Dado, ser mais fácil ir onde Maria vai,

aos suaves cantos de ninar, desperta...

O óbvio, não me chamem pra aplaudir,

Nem façam meu leito no lugar comum;

sei, essa mania contumaz, de refletir,

Não me aumenta, sequer, faz mais um...

Deixem-me fazer fogo com minha lenha,

Atritem as pedras, façam suas faíscas;

permitam que meu próprio prisma tenha,

que eu veja anzóis por detrás das iscas...

O mundo tem cada ácido em suas dobras,

De fazer insipiente um feiticeiro do Congo;

Somos convidados para um baile de cobras,

Se formos, usemos as botas de cano longo...

Então, não vendam, bugigangas que usam,

Como se, um verniz divinizasse ao capeta;

vastas ruas das palavras tanto se cruzam,

Mas, a pobre verdade agoniza pela sarjeta...