Café

Até o café meu grande amigo companheiro de insonia

Morno, Frio, doce, amargo, escuro feito a solidão

Em meio ao caos o pó se acaba e você hoje me abandona

Fervo a água, lavo a xícara e no fim tudo é em vão

Desligo o fogo, guardo a louça, o coador volta vazio

E num sofá envelhecido vejo o relógio parar

Me doi o corpo, seca a boca, e vou conversando sozinho

Enquanto o sol devagarinho faz o dia clarear

Sinto um incomodo enorme com essa sua teimosia

De acabar todos os dias sempre quando mais preciso

Os dias viram uma desordem com essas noites não dormidas

O céu brilha o sol cintila mesmo assim só sinto frio

Me perdoe se em minha vida algumas vezes te fervi

Na minha ânsia desgraçada de esquentar em poucos goles

Mas garanto que de todos os amores que senti

O mais ardente e saboroso sempre vai ter o seu nome...

Oitavo Anjo do Apocalipse
Enviado por Oitavo Anjo do Apocalipse em 24/02/2016
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