Café
Até o café meu grande amigo companheiro de insonia
Morno, Frio, doce, amargo, escuro feito a solidão
Em meio ao caos o pó se acaba e você hoje me abandona
Fervo a água, lavo a xícara e no fim tudo é em vão
Desligo o fogo, guardo a louça, o coador volta vazio
E num sofá envelhecido vejo o relógio parar
Me doi o corpo, seca a boca, e vou conversando sozinho
Enquanto o sol devagarinho faz o dia clarear
Sinto um incomodo enorme com essa sua teimosia
De acabar todos os dias sempre quando mais preciso
Os dias viram uma desordem com essas noites não dormidas
O céu brilha o sol cintila mesmo assim só sinto frio
Me perdoe se em minha vida algumas vezes te fervi
Na minha ânsia desgraçada de esquentar em poucos goles
Mas garanto que de todos os amores que senti
O mais ardente e saboroso sempre vai ter o seu nome...