Alívio

E que tudo se vá embora

o que não importa

Que o vento leve

o que não quer ficar

E mesmo diante da angústia moça

Mesmo diante dos tantos conflitos

E mesmo diante das dúvidas órfãs

Nada será igual a estar contigo, poesia

E são muitos os desencontros

Poucos achados e muitos perdidos

Ainda haverá riso no meu pranto

Se rascunhar sobre o mundo, sobre o que sinto

Pouco há por contentar perante o espelho

As palavras saem até confusas, presas a garganta

Há muita dor escondida entre meus cantos

Mas nos versos ainda solto boa parte desse silêncio

Deixa estar que mesmo nesse completo desencontro

Ainda há uma luz no final do túnel

Então escrevo-te das dores e torturas

E assim algum alívio trago a esse ser...

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 21/02/2016
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