A Cabana de Troncos

Eu vou morar numa cabana,

No alto de uma montanha

Eu vou morar...

Numa cabana eu vou morar...

Lá, os ponteiros do relógio não

Farão nenhum sentido...

Meu tempo será lento...

Eu vou morar numa cabana...

Ao amanhecer, o sol por detrás da bruma

Será minha saudação de bom dia...

Numa cabana eu vou morar...

Ao entardecer, o sol avermelhado será o

Convite ao mergulho nos meus pensamentos,

Olhando os pássaros retornando para seus ninhos...

Eu vou morar numa cabana...

Nas noites claras, deitarei sobre a relva, olharei

Para as estrelas, imaginarei planetas, povos, deuses...

Sonharei viajar entre eles, ouvindo o crepitar do

Fogo na lareira...

Numa cabana eu vou morar...

Nela terei como companhia uma candeia, livros e vinhos...

O frio será o incentivo para o encontro dos corpos e das almas que se amam...

Eu vou morar numa cabana...

Na varanda, a rede e, no silêncio das

Manhãs claras, lembrarei das coisas passadas

Nas tardes ensolaradas me encontrarei...

Morar numa cabana, eu vou...

Nos dias chuvosos, doce melancolia...

Pingos d’água na vidraça da janela a formar

Rios imaginários...

Passos lentos, leite com chocolate...

Poltrona junto à lareira...

Encontrei minha paz

Eu vou morar numa cabana de troncos...

No alto de uma montanha...

Perto das nuvens...

Meditarei...

Encontrarei o sentido da vida...

Me reencontrarei...

Numa cabana de troncos, livre das armadilhas

Dos homens, viverei...

Numa cabana feita de troncos,

Aureolada por nuvens brancas...

Sombreada por árvores frondosas,

Longe de tudo e perto de mim

Serei feliz !

Edson Cavalari
Enviado por Edson Cavalari em 18/02/2016
Código do texto: T5547193
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