RETORNANDO
Do jeito que vim
vou voltar...
Do vinho à água,
do móvel à madeira,
da joia à pedra
bruta...
Da auto-estrada
à picada,
da planta ornamental
à floresta,
do ancião ao
feto...
Aqui desse mundo
do começo... da morte
ao nascimento,
onde tudo era encanto,
onde não havia dor...
Quando tudo era amor,
diferente daqui da crosta...
Lá onde os anjos voejavam,
era calma e alegria... o silêncio
pertencia à ordem da paz, e
não se sabia desse mundo
tão esquisito de expiação
e de mortes...
De medo e do perigo,
desesperança sem sorte...
Vou voltar para meu mundo,
minha verdadeira vida,
de pureza e arte...
Viver sem máscaras e
sem o disparate do
desse odioso disfarce...!