À Nossa Humanidade Pensativa
Nesta nossa humanidade pensativa
Vivemos a viagem que ao realizar-se
torna o universo numa nuclear ogiva:
Realidade que merece ser só disfarce.
Na absolvição dos nossos desconfortos
há a certeza - ser forte é fonte de dor
a lucidez reativa diante dos confortos
um mundo que opera sem amor ou cor.
Tratativas arbitrárias que se abrangem
em seres humanos doentes de verdade
constritos em danações que constrangem
no estrugir da tempestuosa insanidade.
Somos, no final, crianças em dificuldade
em eterno tratamento para nos conhecer
mas o que nos tornamos com sinceridade
senão fragmentos que não conseguimos reconhecer.