A Balbúrdia
Levantam os ignotos de suas cavernas
modernizados e devastados de idiotia
sua sobriedade é afogada nas tavernas
concentrados a intoxicar-se em apatia.
Uma procissão de beócios contagiados
vivem a fome do sono, sede do silêncio
esperam a oportunidade de refugiados
para fugir do ócio: rezam pelo auspício!
Encantados com o triturar das sinapses
valem-se de sonhos regurgitados da ira
eles não vivem vidas, realizam sinopses
sem a complexidade o mundo não gira.
A minha gratidão fica por serem criados
diante da ignorância o cérebro é fictício
se passarem a pensar ficarão alucinados
e lhes sobrarão só os rincões do hospício.