DESAMPARADA... (Leis inúteis)



Na meninice repleta de sonhos
Colheu flores e correu atrás de borboletas
Uma “Cinderela” a espera de um príncipe
Nesse enlevo enriquece o seu pequeno mundo

E o tempo passa rapidamente
E traz em seu dorso o seu grande amor
Belo e formoso que pouco a pouco
Transforma-se em feio “ogro”...

Tenta compreender sem ser compreendida
Mas a indiferença e a crueldade
Com o tempo se agigantam e a anulam
Os risos da infância perderam-se entre as lágrimas


Desiludida, busca amparo seguro
Nas leis que a protegem da brutalidade
Mas que não chegam no momento que mais precisa
Sozinha tenta encontrar uma saída...

Sonhando que a justiça irá protegê-la
Adormece buscando o descanso justo
Aos sacodes e gritos de humilhação
É acordada no meio da noite

Levando a mão ao peito, sente que a vida
Se esvai e lhe escorre quente por entre os dedos
Num vislumbre de consciência ainda pode ver
O príncipe, com rosto de ogro, seu algoz... e agoniza
Sonia Maria Piologo
Enviado por Sonia Maria Piologo em 11/02/2016
Reeditado em 08/03/2016
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