Escrúpulos
Meninos brincam empilhando palavras,
Encaixando à força, esse flexível Lego;
nascem frutos disformes de suas lavras,
a arte sem arte, num prego sem prego...
O senso crítico que deveria estar logo ali,
tirou férias ou bebeu demais no carnaval;
quiçá, delicia-se nas belas praias do Taití,
de preguiça de ler carimba sonolento aval...
Preciso ouvir ao apito de meus escrúpulos,
Elegância sepulta viva à minha veia crítica;
Finge ser amor consentido, esses estupros,
A verdade é enterrada viva pela pá política...
Que inveja me resta ter do “Super-sincero”
Que cuspia veneno invés de engolir sapos;
Os entendidos saberão o que falo, espero,
Os outro seguirão espalhando “altos papos”