Coração "barbeiro"
Ah, se o coração tivesse uma senha,
Que digitada nos abrisse para a vida;
tem horas que o bosta parece penha,
e, não quer nem que a ventura venha,
parece preferir, ficar lambendo ferida...
Rogo à dona sina boa, peço: Ensinai-lhe,
Afinal, não passa de birrento, simplório;
Apalpa as verdades não sabe ler Braille,
Rotas que foi alegre como indo ao baile,
Agora toma soturno, como indo a velório...
Mas, não é morte onde acena, romance,
Quiçá, saiba melhor, aproveitou vivência;
E pode ver algo que me é fora do alcance,
Mas, alguém disse, sobre segunda chance,
Triunfo da esperança, sobre a experiência...
Diga, quem sabe, acaso é hígido o coração,
O louco que usa pedra preciosa na funda;
entrou afoito na vereda onde faltou razão,
cego leu sim, onde a mensagem era, o não,
ora, sim, só vai. se razão chuta-lhe a bunda...
Quer saber, dessas birras cardíacas tô cheio,
é ruim da cabeça, doente do pé sim senhor,
bem merece essa sina, de ser apenas meio,
pois, acelera quando deveria pisar no freio,
e freia, quando demanda é pelo acelerador...