Jornada nas estrelas
A polícia do pensamento espreme suas lupas,
Buscando o que a ela, são pegadas do capeta;
Antes da crisálida pretende matar ainda, pupa
Se deixarem essa coisa livre vira uma borboleta...
Preciso pensar apenas o que o Reizinho manda,
quem destoaria, do mais honesto dos homens?
Cai de pau, sobre eventual dissonante a ciranda,
pensadores de aluguel, onde véritas passa fome...
Usando o mosaico de identidades um só sabujo,
Finge em seu ataque representar uma multidão;
Parecendo ser muitos a fazer seu trabalho sujo,
Como se, ao pacote, se rendesse a dona razão...
Não adianta, não temo ameaças, sequer, berros,
Afinal, certas criaturas, fica impossível, retê-las;
Até poderão, um dia, deter esse casulo a ferros,
Mas, minha alma seguirá sua jornada nas estrelas...
Sempre gostei de usar nomes certos, para os bois,
Desde quando comecei a pilotar esse meu arado;
Sei, o meu grito desagrada certos lavradores, pois,
sempre lavrei por frutos, não, para ser do agrado...
Não se me pega nadinha, pois, essa coisa pastosa,
Desprezo gritos, ameaça, sirenes, toda resistência;
Temo minha polícia interna, muito mais poderosa,
Essa que o vulgo, costuma chamar, de consciência...