A irrealidade do mundo.
Quando alguém substancia em algo inexistente.
Transformando ideologicamente em existente.
Em uma atitude covarde vive a fantasia.
Como se fosse realidade.
Ignora o mundo.
Imagina ser o ideal.
Quando é simplesmente um estúpido.
Não é capaz de ser grande.
De entender ele próprio.
Perdido sustenta na mente a loucura.
A memória funciona pelo delírio.
Entretanto, acha agraciado.
Quando na verdade é um idiota.
A vida reside na irrealidade.
Sente-se protegido.
Quando é no mundo real fracassado.
Pensa ter sabedoria.
Quando o vosso cérebro etimologiza.
Pela mais absoluta ignorância.
Não serve para nada.
O mundo ganha com o seu desaparecimento.
Talvez o único valor.
Adubar solos improdutivos.
São aos milhares.
Esquecidos na imensidão do universo.
É como o hidrogênio do sol.
Quando exaurido.
Constituído em buraco negro.
Um corpo alheio.
Perturbando o silêncio do tempo.
A velocidade do vento.
A ignorância é tanto.
Que figura na imaginação.
De um coletivo distante.
Sepultado a um futuro vindouro.
Tudo que se pode dizer.
A constituição dos insignificados.
Edjar Dias de Vasconcelos.