Íntimo das Razões
Neste pedaço, um laço rendido
Espaço entre os entrelaços perdidos
Em comunhão com a natureza, sufixo
Ao reunir as memórias, detalhes prefixos...
Como o farol numa deblina
A lua desencadeou uma lembrança
Vaga, distante, evocação divina
Da paz que habitara, antiga esperança
Nuvens, cobrindo uma temporada
Sinais e vozes que sucedem o grito
Nessa dor que controla uma entrada
Contínuo a caminhar, imerso na jornada
Que vida pode ser consumida?
Meu corpo em desejos reprimidos
No leve som da sintonia, conduzida
Alma que ansea a paz habitada, não vivida
Pelo repouso das prometidas reflexões
O silêncio devastou a comprimida
Voz que pulsa o íntimo das razões
Mas que despede a verdade, ferida!
Consciência que nada facilita
O eco abafado num som maior
Por impulso, desabada e aflita
Vida roubada, sentimento que grita!
Contemplar o ssorriso que habita
Insigne e frágil ao recordar
A angústia de dias que transita
Da razão a emoção, prestes a falar
Sinais, conectados a uma verdade
O choro é vestígio da amargura
Enquanto os dias revelam perversidade
Acalmo o sintoma de arranha, loucura
Na ventania que decora a fantasia
Imaginar a felicidade inexistente
Seduzir o desejo de plena harmonia
Denegrida agora, cremação recente...