Hoje me rendo ao prolixo, por que a inspiração ficou mais do que o habitual / Ela puxou uma cadeira e sentou-se à minha frente / E isto foi mais que o suficiente... / Para que eu tomasse apenas uma taça / Dessa porção envenenadora... / Que faz com que eu saia de mim / E deixe-me conduzir pelas avenidas / Onde os loucos e amantes das palavras / Caminham absorto sem pressa de voltar/ Por que a emoção é surreal... / E a vontade que dá é de desfalecer / Nem que seja por um dia / E ainda acordar ébrio... De sonhos e poesias!/
___________ Lindo! Sábado a Todos ___________
LIÇÕES DO TEMPO
Os vincos em minha face...
Me fazem mergulhar nas certezas
Que durante a minha caminhada
Contemplei pela dor...
Ou pelas leis naturais
Ainda assim, às vezes teimamos
E criamos expectativas
Que são derrubadas...
Como um tanque ao atingir a trincheira
E quantos se aproveitam da bondade
Sem saber que o seu coração
Ela jamais visitará...
Por que certos traços não são físicos
Eles estão n’alma, nos recônditos
Onde nenhum homem pode alcançar
Por que os sentimentos puros
São intocáveis!
É como a preciosidade da sabedoria
Nasce e morre com o dono
E ainda que ele guie sua vida
Pelas veredas da humildade
Não conseguirá transmitir
Todo seu conhecimento
Seja empírico ou acadêmico
Ao seu mais exímio discípulo
Nas esquinas da sociedade
Quantos personagens compõe
A peça deste teatro atemporal
Onde o espetáculo é indeterminado
Por que quem detêm as chaves
Desta Casa de Opera...
Às vezes se anima com sua canção
Mas em outras... Fica enfurecido
E nos tira o direito de continuar...
Seja um assovio ou um instrumento
Que chora as notas da saudade
Enquanto uma senhora
Que a passos lentos
Caminha em direção ao sol
Também conversa com a noite
Por que ela nunca descansa...
E jamais deseje fitar-lhe os olhos
Pois neles, habita a finitude
E se você for sábio...
Assovie enquanto pode
Cante! A sua mais bela canção
Toque sua flauta surrada
Ouça os discos de vinil
Faço amor a noite inteira
E se o corpo permitir...
Vislumbre os raios do sol
Nos braços da mulher amada
Leia talvez um livro antigo
De prosa ou poesia
Realize tudo hoje
Por que o amanhã,
Ah! O amanhã meu jovem...
Sempre caminhou de mãos dada
Com a companheira ilusão!
( Fábio Ribeiro - Jan/2015 )