JÁ ERA INVERNO
De repente... Já era inverno!?
A nostalgia do dia de chuva
Os pingos d’água caindo no telhado
A brisa suave acariciando meu rosto
Fazia frio, eu sentia um frêmito pelo corpo
Pela fresta da janela, a aurora surgia
A neblina ofuscava a minha retina
O aroma da maresia me entorpecia
Envolvendo-me em uma doce magia
O vai e vem das ondas quebrando à beira-mar
Em sintonia com o meu balançar na rede,
Inebriava os meus sentidos, estimulando meu sono
Fazendo-me devanear...
Devaneios guardados, que retrocedem
Daqueles momentos que fizeram histórias
Das lutas do dia a dia, das derrotas e vitórias
Das lembranças guardadas no diário da vida
Até das saudades da nova paixão escolhida
Das alegrias e tristezas, sorrisos e glórias
Das lágrimas na hora da partida
Da felicidade por Deus permitida
Era inverno...
Tudo isso se passava em minha memória
E a vida começando com o frio, lá fora
Os pensamentos se perdendo no tempo
Então, já é inverno agora!