Manifesto
Os toques não eram mais uma ilusão,
Nem os encontros esvaeciam-lhe a percepção.
O desejo não se consubstanciava em obrigação,
Nem seus sonhos ofuscavam-lhe a razão.
Será a realidade refém da fantasia?
Sua mente a resposta omitia.
A única certeza que ela oferecia,
Era a de não estar à mercê da velha romaria.
Quem ele via perante si,
Permanecera, sempre, ali.
A troca estava no seu entender,
Sobre aquele pacato ser.
Mas, como saber se esse algo é definitivo?
Basta rechaçar o relativo.
Como entender se o sentimento é concreto?
Basta ater-se ao que está manifesto.