Manifesto

Os toques não eram mais uma ilusão,

Nem os encontros esvaeciam-lhe a percepção.

O desejo não se consubstanciava em obrigação,

Nem seus sonhos ofuscavam-lhe a razão.

Será a realidade refém da fantasia?

Sua mente a resposta omitia.

A única certeza que ela oferecia,

Era a de não estar à mercê da velha romaria.

Quem ele via perante si,

Permanecera, sempre, ali.

A troca estava no seu entender,

Sobre aquele pacato ser.

Mas, como saber se esse algo é definitivo?

Basta rechaçar o relativo.

Como entender se o sentimento é concreto?

Basta ater-se ao que está manifesto.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 27/01/2016
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