O Pileque
Desdobra a realidade
Diante dos etanóis perfumados
Fingidores de sabores
Conhecedores das dores
Mais comoventes da seara humana.
O tempo amacia e faz curva
Diante daquela imagem turva
O ser se embriaga para se embriagar
Dos instintos em recintos
Da masculinidade adormecida
Qual a tímidez entorpecida
Desabona o erro crasso.
As cousas se distorcem
Os espíritos torcem
Pela poesia e seus sonhos
Tais abismos sem donos
Que se apagam na maresia
A oceânica ressaca
Do mar do meu sangue
Deu o que tinha que dar.