Apoteose da Guerra
Deixados são eles, na procissão do culto da morte
Os brios mexidos pela paixão bélica da conquista
Não há compaixão ou misericórdia perante a sorte
Pois os chefes de campo só querem sangue à vista!
Eles surgem nos grilhões maculados da beligerância
A paz não se determina num final de grande guerra
E sim no quanto de munição se tem para a instância
Num simples hiato de diplomacia, a paz se encerra.
No histerismo em que se encontrava a humanidade
Nas épocas mais hediondas que elas se encontravam
Os mestres da batalha preconizavam a frivolidade
E não pouparam nenhuma alma viva que avistavam.
A história mostra que pouco a pouco vive-se declínio
Da natureza, da igualdade, do humano, da fé, do todo
Abraçamos com periodicidade o culto do extermínio
E nossa existência sempre oscila do engodo ao lodo.