Apoteose da Guerra

Deixados são eles, na procissão do culto da morte

Os brios mexidos pela paixão bélica da conquista

Não há compaixão ou misericórdia perante a sorte

Pois os chefes de campo só querem sangue à vista!

Eles surgem nos grilhões maculados da beligerância

A paz não se determina num final de grande guerra

E sim no quanto de munição se tem para a instância

Num simples hiato de diplomacia, a paz se encerra.

No histerismo em que se encontrava a humanidade

Nas épocas mais hediondas que elas se encontravam

Os mestres da batalha preconizavam a frivolidade

E não pouparam nenhuma alma viva que avistavam.

A história mostra que pouco a pouco vive-se declínio

Da natureza, da igualdade, do humano, da fé, do todo

Abraçamos com periodicidade o culto do extermínio

E nossa existência sempre oscila do engodo ao lodo.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 20/01/2016
Código do texto: T5516986
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