Silencie...
E todas as palavras se entristecerão
Morrerão de saudade, se apagarão
E o branco do teu papel prevalecerá
Minguará feito a Lua, então perecerá
O verbo, o verso, no silêncio tão triste
De tuas abençoadas mãos; exagero?
Tenho medo, da dor que em ti, existe
E seja nesse momento o teu tempero
E vai amargar tudo, justo quando doce
Se fez teu coração, se a vida é amarga
Não há de se aquietar, não há porque
Tudo piora, pesa ainda mais tua carga
O dom que te foi presenteado, é lindo
Feito primavera que aqui vive florindo
Se fores embora, a graça se perderá
Nem riso, sorriso, aqui, mais se verá...