Primeiras Derrotas
Ao ser humano uma lição básica da verdade
As primeiras derrotas são mais importantes
Que as vitórias degustadas em série
Elas te adormecem entre o ego e suas intempéries
O derrotado sofre a consequência da inexperiência
Forjam vagarosamente a mentalidade triunfante
Não há milagres que o tornem um ser vitorioso
Pois cabe a ele se consternar em todos os detalhes
Meticulosamente analisados para cercear os erros
Cada qual em seu estratagema idealizado
E assim os melhores nascem, pois se despem:
Da vaidade, da arrogância, da prepotência
E da canalização intrínseca da ignorância
Somos o que somos. Não há temor nisso
As batalhas surgem desde que respiramos
Desde o pulmão a forçar o primeiro brado
Não seria incomum reconhecer o motivo do fado
E das lamúrias dos contendores.
O que somos é a insurgência dos nossos motivos
Enquanto o esplendor da urgência não é concebido
Nos tornamos da mente o pior dos cativos
Pois só no revés uma vez percebido
Que precisamos nos renunciar da ebriedade dos seres
E confabular sobre os apotropaicos quereres
Pois só assim nós achamos a forma perfeita
E uma vez encontrada, jamais será refeita
Basta você ter a certeza de que alcançou a maturidade
Desembestando seus poderes para si ou para a sociedade
Ser útil para o mundo não é divagar em insanidade
É alcançar a vitória definitiva que forja a identidade
Pois o que sou tem que ecoar pela eternidade
E assim a vitória que é sua permanecerá viva.