Desarrumado
Papeis rasgados, palavras desembrulhadas
Páginas arrancadas de um livro incompleto
Ideias soletradas em experiências vividas
Em memórias reais imortalizadas
Estrada sem Norte, rota indefinida
Caminhos incertos de destinos incógnitos
Direcções trocadas em encruzilhadas
Pavimento esburacado desequilibrado
Sons agudos dissonantes
Vontades em recomeço
Vestidas numa nova página
De branco pintado
Estou desentendido
Não me reconheço
Nessa estante arrumada
Onde os livros ganham pó
E não são lidos
Delfim Peixoto © ®