O Desperdício da imaginação.
O silêncio da madrugada chegou.
O lume de um barco navegou.
O louvar da imaginação.
Efetivou-se.
Apenas um fado desperdiçado.
O tempo passou.
Naquela noite o amanhecer.
Não se despertou.
Tudo que deveria ser dito.
Foi mitigado.
A memória se exauriu.
Os caminhos vindouros.
Esquecidos.
A predestinação perdeu seus sinais.
O grito de uma frágil embarcação.
Os restos encontrados a um destino distante.
Ébrio de um condensado olhar.
Entretanto, melancólico.
Qual era o caminho?
A sorte abandonada.
As encruzilhadas das representações.
Outros tempos à condecoração.
Chaves em mãos e a ilha perdida.
A escolha escutada proposidamente.
Aos delírios das fantasias.
Mesmo sem fim os sonhos.
O desejo sem objetivação.
A terra uma recanto destinado.
A eternidade refreada.
Rumos aos trilhos.
Passos campestres.
Direcionados a palácios de areia.
Um homem representando.
As imaginações.
O que diria a não ser.
As viagens partidas.
Sonorizações imbecis.
De antecipações permanentes.
O incerto tempo.
De um olhar movediço.
As vossas misericórdias.
Sargaços aos mundos esplêndidos
Escondidos em suas vontades.
O que foi descoberto.
A não ser a incerteza do tempo.
Repetido eternamente.
Aos desencontros imponderáveis.
De todos os instantes.
Edjar Dias de Vasconcelos.