O Desperdício da imaginação.

O silêncio da madrugada chegou.

O lume de um barco navegou.

O louvar da imaginação.

Efetivou-se.

Apenas um fado desperdiçado.

O tempo passou.

Naquela noite o amanhecer.

Não se despertou.

Tudo que deveria ser dito.

Foi mitigado.

A memória se exauriu.

Os caminhos vindouros.

Esquecidos.

A predestinação perdeu seus sinais.

O grito de uma frágil embarcação.

Os restos encontrados a um destino distante.

Ébrio de um condensado olhar.

Entretanto, melancólico.

Qual era o caminho?

A sorte abandonada.

As encruzilhadas das representações.

Outros tempos à condecoração.

Chaves em mãos e a ilha perdida.

A escolha escutada proposidamente.

Aos delírios das fantasias.

Mesmo sem fim os sonhos.

O desejo sem objetivação.

A terra uma recanto destinado.

A eternidade refreada.

Rumos aos trilhos.

Passos campestres.

Direcionados a palácios de areia.

Um homem representando.

As imaginações.

O que diria a não ser.

As viagens partidas.

Sonorizações imbecis.

De antecipações permanentes.

O incerto tempo.

De um olhar movediço.

As vossas misericórdias.

Sargaços aos mundos esplêndidos

Escondidos em suas vontades.

O que foi descoberto.

A não ser a incerteza do tempo.

Repetido eternamente.

Aos desencontros imponderáveis.

De todos os instantes.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/01/2016
Reeditado em 18/01/2016
Código do texto: T5513382
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