Aos juízes!!!

Quem és tu que me julgas e tentas me fazer igual ?

Pequena sou, o que sou? Um cisco perto de ti?

Quão grande és tu para rires de mim?

Da tua altura certamente a queda maior será.

Da minha pequenez, que dano fará?

Vejo-te tão altivo, tão poderoso

Julgas porque és mesquinho e fútil

Jamais sofreu?Jamais cruzastes com a dor?

Então, imbecil sempre fostes!

Não precisas das minhas orações

Não as daria, por que faria?

És tu perfeito, e eu…

Sou o que sou e tu, nunca aos meus pés chegaria(mesmo não enxergando)

Com a mesma medida que tu medes, medirão a ti

A mim não medirão, e se o fizerem,

Podem julgar uma pulga, numa multidão?

Ou sequer vê-la ? Não, meu irmão!

Ainda que sendo pulga, eu pulo

E sendo tu, edifício, cairás

Não desejo a ti o que desejas a mim

Estou muito além de ti, escombro serás!

Sou forte, porque tenho em mim o FORTE!

Não te lanço ao inferno, Não sou Deus

Não te lanço mas sei que na morte

Tu pagarás e fará jus a tua sorte

Eu não preciso julgar, eu não preciso medir

Já existe UM que faz isso por mim

E Ele talvez não tenha a mesma misericórdia, ou terá?

Ele sim, pode julgar tua covardia

Do alto do teu palácio ris

Mas um dia, quão grande dia

Minha morada não será igual a tua

SE MORRERES EM TUAS PORFIAS...

Eu posso ser vaso novo

Pois o oleiro já me quebrou tantas vezes

Eu ressurjo e permaneço, e tu?

Quando for quebrado, ressurgirias? Eu pago meu preço

E que preço! tu nunca conseguirias!

Tu não suportarias ser quebrado

És duro, és como pedra, mas…

Eu sou ouro, pelo fogo aqui passado

Eu posso partir e partirei em paz

Pois o oleiro sabe trabalhar

Ria, ria aqui afinal

Certamente um dia, um dia chorarás…

Não, não é isso que eu queria

Mas é esse o preço que se paga todo dia

Eu queria que comigo tu fosses

Porque não sou como tu, verme que vive no fosso

Eu só tenho amor em mim

Sim, até algumas pequenas iras

Mas me recuso a sentir ódio

Que bem isso me faria?

O ódio deixo a ti

Que de tanto ódio não enxergas em si

Tu pensas que os outros espalham

Não vês que tu mesmo se iguala

Eu dou o que tenho em mim

Amor, que tu nunca sentiu

Tu nunca saberás o sentido

De amar e amar tão perfeito assim!

Eu sigo os passos do mestre

Não te odeio como odeias , enfim

Eu amo, o amor sem mistérios

O próximo igual a mim!

O próximo errante e humano

Só não sei se posso amar o vil

Só não sei se Deus também te ama

Se Ele te ama, um dia tu terás BRIO !

Cris Victor
Enviado por Cris Victor em 16/01/2016
Reeditado em 19/01/2016
Código do texto: T5512950
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.