Preciso...
Da força que há, num peito, bem lá
Onde hoje o céu é azul; chove, cá
Mas o calor verte da face, saudade
Verte em versos, e a tua liberdade
Desenha quando tempo deixa, a cor
É um misto de dor e amor, feito rosa
Perfumada, imponente, e majestosa
Esconde o espinho, e se faz indolor
Preciso te beber mais tarde, uma taça
Sem vaidade, não quero trago da vida
Assim até a realidade, vem e embaça
Quero a bebida doce e mais colorida
Que verte de teu coração, uma oração
Que purifique o mal, liberte inspiração
E deixe que a doçura da vida afague...
A poesia, e o amor, e toda dor, apague.