Revendo o olhar

A casa é boa pra morar

Frescor de casa nova

Arejada

Fachada vistosa

Tem tudo pra agradar

Mas o alicerce esta enfraquecido, cria cismas

De que o reboque é grosso

Que encobre tijolos desalinhados

Fios desencapados

E canos deixando a agua escapar

Os pensamentos se fecham

Em um único modo de visão

De que a casa toda não é boa

E que um desmoronamento

Ponha tudo no chão

Escoras pesadas

Defesas exageradas

Em vão são empregadas

Para que tudo se firme e se acomode

Tirando-o da sofreguidão

Talvez muitas escoras ainda possam ser usadas

Até o momento em que o “outro” ganhe expressão

E naquela impenetrável carcaça criada

A ideia nova e a esperança oferecida

Reconfigure os pensamentos dos monstros criados

Nesse dia as armas serão desengatilhadas

As bombas desarmadas

As ideias deixarão aquele mundo de guerra

Tudo ficará mais leve!

Colocando-o numa vida plena de paz

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 14/01/2016
Reeditado em 14/01/2016
Código do texto: T5510956
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