Lobo, Tradição, Pergaminho, Amora, Castelo
"Naquela época de setembro,
O chão fica roxeado,
O passeio na rua adoçado,
O sabor da amora que completa e refresca.
Ter na rua algo tão pequeno,
Em um momento único e tão gostoso,
Tradição em uma época desgastada do ano,
Transforma uma volta na rua em diversão.
Talvez desde a antiguidade estes hábitos pequenos,
Como o hábito de comer amoras na rua,
Se tivessem descritos nos pergaminhos,
Mostrariam o quão importantes são essas pequenas coisas,
Pequenos elementos do cotidiano que causam alegria sincera...
Encontrar uma amora escura,
É como a sensação de um lobo faminto que encontra presa fácil,
É como o sentimento de vitória mais puro,
Um instante de conquista e orgulho...
E de fato não importa muito de onde veio,
Se foi criado na rua humilde ou em um castelo,
É um gesto simples contemplar a árvore,
Colher a amora e comê-la na hora
Com as mãos, direto do pé...
Seria um sonho elas nascerem o ano todo,
Mas tornariam-se paisagem e mesmice,
Perderiam a magia,
E tornariam-se sérias e tristes, como tudo na cidade...
Comum, simplória e indigna de admiração ou felicidade."