Quando...

Teu papel apresentar sedosos traços

E o tempo ter me rendido ao cansaço

Irei finalmente, o cemitério das letras

Guardará o melhor, e o pior da receita

Dicas preciosas em que alma foi feliz

E na verdade, por tão pouco, um triz...

A felicidade não saiu das folhas, quis

E o que o coração quer, não é ser atriz

Mas viver real, no amar e sofrer, juntos

Seres alados, em um novo conjunto

No passado bordado, aquarelas vivas...

Belas imagens e matizes, sempre-vivas

Flores que o jardim oferta, a alma colhe

Transforma em palavras, não desfolhe...

Cada letra são pétalas de bem-me-quer

Que vivem, enquanto aqui meu ser, viver.