Os Profetas do Asfalto

O som dos profetas do asfalto

Contestam as festas do planalto

Onde supostamente se trabalha

Lá os trabalhos resultam em falha

Desde os primórdios do Carnaval

Percebe que os grimórios ao vendaval

Foram derrubados por ervas aromáticas

Conciliados com palavras semi-automáticas

Dessa gente que não tem onde cair morto

Mas não se importa em botar lixo no porto

Nem se escandaliza com a sujeira

Ignora, não prioriza, uma civilidade inteira

Até o ímpeto de um miserável protesto

Se reduz ao imponderável e indigesto

Prejulgamento versado no terrorismo

O mesmo que a líder abraçou em fanatismo

Em nome da - pasmem - democracia!

Aliadas a ditaduras e necrocracias!

Vindo das alcovas malditas e expugnáveis

Uma nação fugindo para as covas suplicáveis

Não há mais lemas e motivos para prazer

Estamos incapazes, em assistir, tudo isso desfazer!

Nossa burocracia é gerenciar muitos canalhas

É muita desonestidade eivada de tantas falhas

Que quem trabalha costura mais maldade

Sem dar espaço para uma positiva realidade

O que é tão triste que a alma desbotada

Que ela já está nascendo sabotada

E nem dá para dizer que estamos na merda

Porque até a merda é fertilizante

É tanto jumento na política

Que boicotam a crítica

Porque ele seriam incapazes de réplica

Seria tanta estupidez que a tréplica

Se tornaria um minuto de silêncio.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 04/01/2016
Código do texto: T5499565
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