O quintal

O reverso da vida desmedida
A contar os grãos esquecidos
Na fragilidade da terra árida
Sonhando ser molhada
 
Jorra agua de (que) falo fraquinho
Em mentes inocentes que deixam
Seus grãos pelos caminhos
Em espaços fechados e espinhos
 
A morte chega ao fundo dos olhos
Profundos enganos e falsa modéstia
Em se fazer só e sozinho
Como um de si mesmo
 
Entre tantos! e canta só o triste
Passarinho e despede-se igual
Deixando bandeirinhas como trilha
No fundo do seu quintal.
Silviah Carvalho
Enviado por Silviah Carvalho em 02/01/2016
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