Créditos
A injustiça metida tal qual o ego,
Mostrando sua alma feia nos atos;
Monta pontes falsas com seu lego,
Põe sobre os verdadeiros regatos;
O milagre, não o santo, entrego,
Quem não sabe Braile apure o tato;
Pois, sempre que o microfone pego,
Dou nome aos bois, digo, aos gatos;
Mas, quando mera pensata entrego,
É só meditação e os seus correlatos;
As flores dos valores, podendo, rego,
Sem querer até molho outros matos;
Vejo umas coisas e me desassossego,
ante a sina injusta, quebro os pratos;
Tipo: Jesus Cristo curando a um cego,
e os créditos, sendo dados pra Pilatos...