Nada é preciso

Nada é preciso

Não é preciso “rios de dinheiro”

Nem mesmo, absurdas quantias de anos à fio,

A vida passa no tenor de um assobio

É inútil todo tipo de desespero.

Não seremos os últimos e nem os primeiros,

A vida não deixa de ser um desafio

Mas, ao cruzarmos para o outro lado do rio,

Termina o tempo que é passageiro.

Nada é preciso para lá ingressarmos

Se mantivermos a conduta mais adequada

Sem ousar querer tudo levarmos.

Não somos quem define o fim da estrada

O tempo passa, mesmo sem hesitarmos,

A cronologia não nos é delegada.

Sentimos mais a noção de tempo passar

Do que, essencialmente, o natural passar dos dias,

Por isso, parece cada vez menos o que ontem parecia,

O curso reduzido dos dias a nos perturbar.

Marcel 22-12-15