A Loucura de um sentimento construído.
Apesar de o mundo ser cruel.
Somos eternamente o mesmo elo.
Desde quando surgiu o primeiro átomo.
As mesmíssimas coisas.
Ao surgir à primeira célula.
A continuidade interminável.
Cientificamente não existem duas espécies.
A familiaridade de um único gênero.
Todos remontam a grande realidade.
O fundamento de um único princípio.
Perdemos na diversidade.
A complexidade interpretativa.
Iludimos na alienação.
A projeção de uma memória.
Prejudicada.
A natureza dos direitos.
A essência dos fundamentos.
Quando nunca somos nós mesmos.
A razão de sermos sempre.
Esquecidos.
Apenas elo da espécie.
Tanto no passado como no futuro.
Todos terão que desaparecerem.
Para que outros e possam surgir.
Salvarem.
O fascinante acontecimento.
A referida.
O ato de morrer em um determinado instante. No exato tempo.
Equivale nunca ter existido.
O verdadeiro sintoma do nada.
O que significa do ponto de vista da natureza.
Tão somente a mudança de estado.
O que somos na realidade praxiológica.
O que significa estar aqui.
Quando não existe outro lugar.
Apenas o fluido navegando.
Em um espaço indefinido.
Reservado ao antiátomo.
Um vazio interminável identificado com o vácuo.
O que se entende por ausências indefinidas.
O que somos explicitamente.
Com a florescência de um olhar inexplicável.
Edjar Dias de Vasconcelos.