Teoria da Conspiração
As janelas fecho por proteção
As portas por receio do Sol
As palavras pela alteração
As insensatas dúvidas de formol.
As pessoas, escolhidas a dedo
As dúvidas medíocres da rua
As intenções tolhidas por medo
As sensações de loucura crua.
As precauções quase legítimas
As vozes seguem no meu sonar
As audácias não são íntimas
As perspicácias insones no ar.
As apurações estão desesperadas
As arguições não declaradas
As notícias não declamadas
As realidades nunca esperadas.
As torturas foram repaginadas
As culturas dissolvidas na terra
As obviedades não doutrinadas
Às austeridades que nos emperra.
Aos bêbados que largam os lares
Aos filhos que buscam nos bares
Aos conciliadores esquecidos
Aos auxiliadores estremecidos.
As ruínas que ela nos alimenta
As incongruências nefastas
As indulgências das hastas
As inferências da dor intenta.
As cores que perdem contrastes
As grafias que somem no vazio
As dores que ganham desgastes
As obscenidades do desvario.