A Balada dos Enforcados

De tudo que se falou

E aquele que se calou

Se viu diante da paz.

De tudo que se pensou

Do todo que censurou

Se achou numa prisão.

Do sonho que se sonhou

No pesadelo que cunhou

A visão da condenação.

Do tempo que se perdeu

Da magia que suspendeu

A certeza da morte certa.

Se a sorte não me salvou

Se a noite não me curvou

A morte me vem depressa.

E eu que nem me defendi

Porque nem me arrependi

No final eu não entendi

O porquê de ser enforcado.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 11/12/2015
Código do texto: T5477469
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