A Balada dos Enforcados
De tudo que se falou
E aquele que se calou
Se viu diante da paz.
De tudo que se pensou
Do todo que censurou
Se achou numa prisão.
Do sonho que se sonhou
No pesadelo que cunhou
A visão da condenação.
Do tempo que se perdeu
Da magia que suspendeu
A certeza da morte certa.
Se a sorte não me salvou
Se a noite não me curvou
A morte me vem depressa.
E eu que nem me defendi
Porque nem me arrependi
No final eu não entendi
O porquê de ser enforcado.