Enforcamento
Silêncio é Tarzan, ao seu grito a fauna se excita,
Sabe quem governa na floresta da indiferença;
a que pareceu ser desse Lampião, Maria Bonita,
não é bonita nem feia, pouco vale o que pensa...
Assim, onde dominou a luz, ora, reina o escuro,
quem teve matiz lindo, dileto, enseja, desagrado;
deixa estar, quem pisa um ingênuo coração puro,
ainda se verá debaixo de um pé bem mais pesado...
Claro que o pisado armazena consigo certa mágoa,
Não por perder, mas, lembrar, como se fez a teia;
Quem no oásis zombou e por motejo mijou n’água,
Ainda verá lagos mentirosos nas miragens da areia...
O tempo e a experiência são excelsos professores,
Mas, a negligência para aprender despede vazio;
Quem em anos fartos julgou e enforcou valores,
Ainda ouvirá seus os fantasmas causando arrepio...