Deixa...
Não tome de mim os versos de minha mão
Quero tão pouco, peço tão pouco, se calo a voz
Morre a alma, verto em palavras, e canção
Não me importo mais, se vivo assim, tão só
Dentro de mim, tem um mundo e a solidão
É cantiga pra dormir, quando vento varre a noite
Ilumina com tantos raios a temida escuridão
Penso em nós, sonhos vem amenizam esse corte
Não quero rimar açoite; flores na estação
Que a vida seja eterna primavera, que frio passe
Na coberta que aquece a pele, imaginação
Que concretiza pedido, antes que pense, ele nasce
Então não tome de mim, deixe meu coração
Pulsa quietinho, incomodando tão pouco, esqueça
Me abriga em teus braços na noite de verão
E deixa que minh'alma viva, que versos ela teça.