Escolhas

Como correm velozes os ginetes da fuga,

girando destros as boleadeiras do vício,

mirando as patas do garanhão, bom siso;

Cada acre de campo que se lhes aluga,

só mais um favor insano ao desperdício,

na necessidade do que não é preciso...

Corpos reféns de alheia inadimplência,

uma alienação amalgamada, contudo,

qual mescla de flor, fruto, caule e folhas;

quem deve é a alma, é sua competência,

mas, oculta-se atrás de um frágil escudo,

onde anela entorpecer a dor das escolhas...

Os efeitos colaterais danam outras vidas,

prezando demais a si, lhes resta desprezo,

esses fugitivos mandam empatia às favas;

nem dimensionam a extensão das feridas,

só temem de serem livres, deveras, o peso,

maior que a cerviz de suas almas escravas...