Canibais
Já não tenho mais medo dos aplausos,
Tampouco, o vistoso elogio me assusta;
Esses safados precursores do interesse,
Bens que nada valem, e tão pouco custa...
O tolo se apressa nas gratuitas escadas,
Que presto colocam ante os olhos nossos;
costumo duvidar de minhocas vertebradas,
não raro, trazem uma fisga em seus “ossos”...
Tenho medo é dessa antropofagia civilizada,
esmerada no tempero das carnes humanas;
sua fina cozinha precisa fruto, dessa caçada,
“nobreza” faz banquetes em fins de semana...
Sei, que, assim, aos tais caçadores desaponto,
Quando vejo a trampa e de tal armada desvio;
Acostumaram servir meu pensamento pronto,
Lhes convém a desertificação, o cérebro baldio...
Matam o sentido das palavras, em seu cinismo,
Como se fosse iguais, as palmas e os gerânios;
em cores virtuosas camuflam seu canibalismo,
suas tendas de luxo são decoradas com crânios...