Desde muito tempo

O poeta diz em prosas

O que não sabe explicar,

O artista pinta a tela

Procurando se expressar.

Desde muito tempo!

O dançarino pula alegre

No palco da ilusão,

O cego tenta no chute

Mostrar a sua visão.

Desde muito tempo!

O jogador corre contente

Em busca de uma vitória,

O doente luta sem força

Para aumentar sua memória.

Desde muito tempo!

O sem teto é morto vivo

Que visa descansar,

O hipócrita é um tolo

Que nunca aprendeu amar.

Teresina, 28.10.15

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 01/12/2015
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T5466153
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