Desde muito tempo
O poeta diz em prosas
O que não sabe explicar,
O artista pinta a tela
Procurando se expressar.
Desde muito tempo!
O dançarino pula alegre
No palco da ilusão,
O cego tenta no chute
Mostrar a sua visão.
Desde muito tempo!
O jogador corre contente
Em busca de uma vitória,
O doente luta sem força
Para aumentar sua memória.
Desde muito tempo!
O sem teto é morto vivo
Que visa descansar,
O hipócrita é um tolo
Que nunca aprendeu amar.
Teresina, 28.10.15